terça-feira, 9 de abril de 2013

Páscoa de Irmã Angélica



No dia 26 de janeiro de 1947, nasceu na cidade de Iomere/SC, Tereza Toneta, filha do casal, Luiz  Toneta e Maria Èberle Toneta, uma família que aos poucos foi se tornando numerosa com os seus 15 irmãos e irmãs.  A pequena Tereza ia crescendo e recebendo de seus familiares a formação cristã e aprendendo desde cedo a partilhar tudo que tinha.
Era o ano de 1961, quando fez opção pela vida Religiosa consagrada, e foi ali, que por normas da época o seu nome de batismo foi mudado de Tereza Toneta para Irmã Angélica Toneta.  Irmã Angélica, quis viver sua consagração á vida religiosa junto com a congregação das Irmãs Franciscanas do Apostolado Paroquial. 
Ela sempre muito dedicada ao cuidado da vida e em especial com a vida das pessoas empobrecidas.  Na  congregação assumiu os serviços de animadora vocacional e por longos anos colaborou na formação das jovens que aspiravam à vida religiosa.
 As andanças da vida as fez passar por vários lugares, onde atuou fielmente na missão: Em Santa Catarina morou nos municípios de São José do Cerrito, Otacílio Costa e em Lages  nos bairros Bela Vista e Habitação. No estado do   Espírito Santo morou na cidade de Braço do rio e por último morou em Humaitá-Amazonas. Também dedicou grande parte da sua vida nos trabalhos junto com a pastoral da terra,  pastoral da saúde e nos movimentos de mulheres  agricultoras e na luta partidária, no sindicato e na política partidária.


Em toda sua trajetória de vida Religiosa ela se destacava nas visitas as famílias e aos doentes. E tinha claro o a sua missão na igreja e na sociedade, procurava sempre colocar  em prática o evangelho e o projeto de DEUS “EU VIM PARA QUE TODOS TENHAM VIDA E VIDA EM ABUNDÂNCIA...” (Jo, 10,10).
Em Humaitá ela assumiu a missão de estar junto com as comunidades Ribeirinhas de corpo e alma.  Ela amou este povo, de maneira incansável, e lutou sempre pelas políticas públicas. Enfrentava com o povo os inúmeros desafios que eram: A negação dos direitos aos benéficos, auxílio doença, salário maternidade e aposentadoria das pessoas que mais precisavam. A falta de provas de que o povo que ali morava, na maioria das vezes não tinha título da terra em seu nome. E que de fato os "donos", coronéis de barranca era dono da terra e do povo. Diante disso ela sofreu ameaças, mas nunca se calou diante das injustiças.
Como todo mundo,  chega uma hora que o irmão corpo não consegue mais reagir e se torna indefeso, frágil. E ai só o cuidado pode acalmar as dores que o carrega. Foi assim que Irmã Angélica durante sua doença - passou. Ela foi muito bem  cuidada e foi  feito de tudo para voltar em nosso meio. Mas a doença foi mais forte e veio e a irmã morte a visitou  no  chuvoso dia  05 de março de 2013, na irmandade  Francisclariana- IFAP.
Agora Irmã Angélica, do outro lado, além dos limites da compreensão humana, sussurra cantigas que podem acalmar a dor e interceder junto a Deus por aquelas e aqueles que amaram e por quem doou sua vida. Embora dizer adeus  nos fira, nos sangra, acreditamos no reencontro, pois fomos feitas, para a eternidade porque Deus é eterno, pois  Dele viemos e para o coração  D´Ele retornamos.
A você muito obrigada pelas orações e apoio. E continuemos unidas e unidos nas orações, realizando o projeto de Deus nas pequenas coisas, partir do seu evangelho e exemplos de pessoas que hoje só  nos resta saudades. Mais confiemos na Páscoa que nos faz ter a firme esperança da vida nova, sempre. Deus abençoe!
Ir. Menor
Iandra Jackline Conrado

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