Irmãos e
Irmãs de caminhada
Para algumas pessoas enviei a seguinte mensagem de
Páscoa:
Não sei
se toda a passagem humana da vida para a morte é passagem para o Pai,
Mas creio
que todos os que foram criados por Ele, são chamados a retornar e permanecer com
Ele.
Não sei
se a criação toda participa desta passagem,
Mas creio
que tudo que é belo tem o germe da eternidade.
Não sei
como vai ser após a morte,
Mas creio
que vamos ficar semelhantes Àquele que deu sua vida por nós, que nos dirige Sua
Palavra e nos alimenta com Seu Corpo e seu Sangue.
Não sei
como vamos nos relacionar uns com os outros naquela realidade maior,
Mas creio
que o amor sincero entre irmãos e irmãs não vai acabar nunca.
Nem
sequer sei se esta minha fé acerta aquela realidade maior,
Mas creio
que “depois veremos face a face... conheceremos tão bem quanto somos
conhecidos” (cf. 1 Cor 13, 12)
Páscoa é promessa da plenitude - com a
garantia de Jesus Cristo, preparada pela vivência do amor e da esperança, no
cotidiano de nossa vida.
Vamos nos
desejar uns aos outros:
Feliz Páscoa!
É uma mensagem que deixa entrever que a fé nas
promessas de Deus não se confunde com aquele tipo de conhecimento de quem
afirma que o templo dedicado à Imaculada está à beira do Rio Madeira ou que a
presidente do Brasil se chama Dilma Rousseff. Você crê porque dá confiança no
testemunho de alguém mesmo sem ver pessoalmente. O católico dá confiança no
testemunho da Igreja e da própria Bíblia. E esta Igreja nos afirma que a
plenitude da vida, a tal ressurreição para a vida eterna não acontece automaticamente,
ou seja, independentemente da fé ou da descrença. É preciso crer na pessoa de
Jesus Cristo e re - ordenar a vida toda segundo esta fé. “Buscai as coisas lá
do alto, onde Cristo está sentado à direita de Deus.” E S. Paulo continua
escrevendo em sua carta aos Colossenses (3, 1-5): “Afeiçoai-vos às coisas lá de
cima... Porque estais mortos e a vossa vida está escondida com Cristo em
Deus... Mortificai, pois, os vossos membros no que têm de terreno: a
devassidão, a impureza, as paixões, os maus desejos, a cobiça...”
Cada ano celebramos intensamente a Paixão e a
Ressurreição de Jesus Cristo. Deveríamos saber que pelo nosso batismo fomos
associados a Jesus Cristo em sua vida e em sua morte. Não convém batizar pessoas
ocultando o sentido e as exigências do batismo. A vida do batizado deve ser ao
menos de quem se esforça, se empenha, luta para ser gente de bem, gente
‘temente de Deus’, gente definitivamente comprometida com a vida e a dignidade
de todas as pessoas. Levar a vida como uma farra sem fim, pode terminar num fim
sem farra nenhuma, ou seja, numa perda irrecuperável.
Dom Francisco Merkel
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