quinta-feira, 11 de abril de 2013

Palavras de Nosso Pastor

Irmãos e Irmãs de caminhada

Para algumas pessoas enviei a seguinte mensagem de Páscoa:
Não sei se toda a passagem humana da vida para a morte é passagem para o Pai,
Mas creio que todos os que foram criados por Ele, são chamados a retornar e permanecer com Ele.
Não sei se a criação toda participa desta passagem,
Mas creio que tudo que é belo tem o germe da eternidade.
Não sei como vai ser após a morte,
Mas creio que vamos ficar semelhantes Àquele que deu sua vida por nós, que nos dirige Sua Palavra e nos alimenta com Seu Corpo e seu Sangue.
Não sei como vamos nos relacionar uns com os outros naquela realidade maior,
Mas creio que o amor sincero entre irmãos e irmãs não vai acabar nunca.
Nem sequer sei se esta minha fé acerta aquela realidade maior,
Mas creio que “depois veremos face a face... conheceremos tão bem quanto somos conhecidos” (cf. 1 Cor 13, 12)

Páscoa é promessa da plenitude - com a garantia de Jesus Cristo, preparada pela vivência do amor e da esperança, no cotidiano de nossa vida.
Vamos nos desejar uns aos outros:
Feliz Páscoa!

É uma mensagem que deixa entrever que a fé nas promessas de Deus não se confunde com aquele tipo de conhecimento de quem afirma que o templo dedicado à Imaculada está à beira do Rio Madeira ou que a presidente do Brasil se chama Dilma Rousseff. Você crê porque dá confiança no testemunho de alguém mesmo sem ver pessoalmente. O católico dá confiança no testemunho da Igreja e da própria Bíblia. E esta Igreja nos afirma que a plenitude da vida, a tal ressurreição para a vida eterna não acontece automaticamente, ou seja, independentemente da fé ou da descrença. É preciso crer na pessoa de Jesus Cristo e re - ordenar a vida toda segundo esta fé. “Buscai as coisas lá do alto, onde Cristo está sentado à direita de Deus.” E S. Paulo continua escrevendo em sua carta aos Colossenses (3, 1-5): “Afeiçoai-vos às coisas lá de cima... Porque estais mortos e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus... Mortificai, pois, os vossos membros no que têm de terreno: a devassidão, a impureza, as paixões, os maus desejos, a cobiça...” 
Cada ano celebramos intensamente a Paixão e a Ressurreição de Jesus Cristo. Deveríamos saber que pelo nosso batismo fomos associados a Jesus Cristo em sua vida e em sua morte. Não convém batizar pessoas ocultando o sentido e as exigências do batismo. A vida do batizado deve ser ao menos de quem se esforça, se empenha, luta para ser gente de bem, gente ‘temente de Deus’, gente definitivamente comprometida com a vida e a dignidade de todas as pessoas. Levar a vida como uma farra sem fim, pode terminar num fim sem farra nenhuma, ou seja, numa perda irrecuperável.  

Dom Francisco Merkel

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