segunda-feira, 26 de março de 2012

Pelas Barrancas do Rio Madeira

Um encontro, uma acolhida
Os encontros são marcados pela acolhida que se desenvolve em meio a sentimentos múltiplos de ansiedade, receio, expectativa e esperança. Na acolhida os gestos simples de um sorriso tímido, um olhar perdido que se encontra, um aperto de mão entre estranhos, traduzem tais sentimentos, em confiabilidade no “outro”. Enxerga-se a realidade que permeia o outro.A diocese de Humaitá sensibilizada com a realidade do povo do interior, aproxima-se, vai ao encontro carregada de esperança, leva a Boa Notícia, faz ecoar o grito da campanha da fraternidade junto às águas do rio Madeira e, através da equipe missionária, realiza o encontro – dar-se a acolhida. Foram oito dias de uma espiritualidade ímpar, em que a manifestação das obras de Deus se escancarava na beleza das águas, da mata e do sorriso do povo que rezava cantando: “que a fé nos salve e nos dê força nessa lida”. Essa é a oração do povo que trabalha, que sustenta a família, que quer educação para os filhos e melhoria na comunidade, quer simplesmente saúde pra todos.
A equipe missionária do Beiradão não ia só ao encontro com o povo, mas também se encontrava, realizava momentos de partilha, cooperação e oração. Havia respeito mútuo, sentimento de solidariedade e o desejo de acertar na caminhada e na convivência, colocava-se a serviço. Dispor-se a servir era o lema da equipe traduzido num só desejo, que “a saúde se difunda sobre a terra”. Que o nosso trabalho, o nosso encontro, a acolhida realizada possa favorecer um tratamento entre todos mais humano. Que a compaixão daquele bom samaritano, reflexão trabalhada na missão, seja uma realidade e uma constante em nossas vidas. Auristélo Pereira Alves-Seminarista.

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