sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

III DOMINGO DO ADVENTO DOMINGO – ANO C PROPOSTA DE MEDITAÇÃO


EVANGELHO: Lucas 3,10-18 – A MUDANÇA DE ATITUDES DEVE SER PESSOAL
A voz que gritava no deserto foi ouvida. O povo sensibilizado com as pregações de João Batista perguntava-lhe: “o que é que nós devemos fazer?”. Com essa sensível narração Lucas quer manifestar a seus leitores que a conversão se evidencia em mudança de comportamento. É preciso vontade de conversão. Quando somos contestados e sensibilizados, chegamos a esta pergunta: “e agora... o que devo fazer?” Também após a Ressurreição àqueles aos quais os apóstolos apresentavam a figura de Cristo perguntavam: “e nós o que devemos fazer?” (At 2,37). João Batista com tino pedagógico bem concreto, deu pistas ao povo como auxílio ao processo de mudança pessoal. Visto que cada um tem uma história pessoal e sabe do conteúdo da própria vida, os conselhos de João Batista são específicos: quem tem a mania de acumular bens materiais deve aprender a partilhar (roupa, comida... cf. Lc 3, 11) desenvolvendo em si a virtude da solidariedade; aos cobradores de impostos acostumados à práticas desonestas deverão exercitar-se na vivência da justiça (cf. Lc 3,12-13); aos militares (soldados) João Batista aconselha: «não maltratem ninguém; não façam acusações falsas, e fiquem contentes com o salário de vocês.» (Lc 3,14). Os soldados, então, eram violentos, injustos e corruptos!  Esses conselhos significam que a conversão é um compromisso pessoal de desenvolvimento humano (partilha, solidariedade, justiça, respeito, não violência...). Converter-se a Deus significa terminantemente recuperar a própria dignidade e senso de fraternidade. Na última parte do texto, Lucas nos apresenta o senso de honestidade de João Batista. O povo está em crise, revela ignorância, alguns chegavam a perguntar se ele não seria o Messias (cf. Lc 3,15). A essa indagação Batista declara sua identidade de humilde servo do Messias (cf. Lc 3, 16). Com termos simbólicos (“ele terá na mão uma pá; vai limpar sua eira, e recolher o trigo no seu celeiro; mas a palha ele vai queimar no fogo que não se apaga» (Lc 3,17), João diz ao povo que sua missão específica é sensibilizar os corações enquanto servo, mas o Messias terá autoridade para julgar condenando ou absolvendo.

Nossa Vida:
Cada um de nós é chamado a ser honesto consigo mesmo e naquilo que faz. O amor é o princípio fundamental válido para todos, mas cada um deve se auto-analisar e reconhecer em que precisa mudar. Esse processo de conversão se dá a partir dos compromissos que cada um assumiu (vocação e profissão). Muitas vezes, é no exercício da própria profissão que acontece a prática da violência, da fraude, do suborno, da negligência, do autoritarismo, da injustiça etc.

COMPROMISSOS E MENSAGENS:
1.       A vulnerabilidade humana não tem cura, mas tem tratamento... a fé! Saber cuidar-se!
2.       A alegria cristã não se identifica simplesmente com o humorismo: é a consciência de dinâmica fidelidade ao mandamento do amor, de ser Bom e fazer o Bem.
3.       A conversão é um compromisso pessoal: “e agora o que devo fazer”?


Antônio de Assis Ribeiro (Pe. Bira)

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