No último dia 24 de junho
encerrou-se no Patronato Auxiliadora de Humaitá-AM as comemorações de o ano
jubilar da Diocese de Humaitá. Quem escreve este “post” é um recém-chegado na diocese e está se entrosando numa
realidade diferente dos outros lugares do Brasil que ele conheceu nos últimos
23 anos. As diversidades das comunidades nos rios e lagos da Paróquia
Auxiliadora do Uruapiara constituem um verdadeiro desafio pastoral.
Voltando para a celebração no fim
do ano jubilar da diocese – foi uma solene eucaristia presidida pelo Bispo
Diocesano Dom Francisco com a presença de representantes de diversas paróquias.
O ambiente, que na noite anterior hospedou a festa junina, tinha sofrido algumas
modificações com adição de cartazes e
outros itens que apontaram para os motivos desta celebração especial.
O ginásio do Patronato
Auxiliadora com suas decorações da festa folclórica de São João enfatizou uma
característica desta Igreja Particular: a importância que os fiéis dão ao
testemunho e a intercessão dos santos. É forte a tradição de festejo de
padroeiro/a em todas as comunidades desta região. A intercessão de São
Sebastião, Santo Antonio e outros santos e santas festejados por aqui foi o
único socorro do povo nos tempos idos, antes da chegada das vacinas e dos
remédios, quando foram aflitos por calamidades e pestes fatais.
Para mim o ponto alto da
celebração foi ordenação de quatro varões a diaconato; três deles são casados.
Foi uma celebração que durou algumas horas e as diversas etapas da mesma tinham
suas peculiaridades. O que me impressionou foi a capacidade da comunidade celebrante
adaptar se aos momentos distintos ao longo dessa horas, de animação, reflexão e
oração etc. com uma profundidade do espírito que não tinha visto em muitos
outros lugares.
Cada um dos diáconos tomou a
palavra no final da celebração e partilhou com a plateia seus pensamentos e
sentimentos oriundos do momento que vivia. A reação foi de uma alegria
exuberante, uma alegria contagiante!
A Diocese de Humaitá está num
processo de implantação do diaconato permanente como uma resposta pastoral aos
desafios dos nossos tempos. É um projeto que gera esperança numa igreja que se esforça
para manter vivo o espírito do Concilio Vat II, em face de uma situação reacionária.
Eu saí da celebração, com a
consciência de ter vivido um momento muito especial, de ter presenciado um
gesto profético. Voltei para casa muito animado para continuar minha humilde
missão de fazer parte das alegrias e angustias do povo de Auxiliadora do
Uruapiara, um compromisso que a Igreja, guiada pelo Espírito Santo, assumiu
cinquenta anos atrás.
Pe. Kurian.
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