A festa de São Sebastião foi muito bonita. O povo gosta e espera. Perfaz toda a caminhada de mais de 140 anos de tradição, as ladainhas, o toque dos “gambás”, os cânticos centenários e as danças que fazem parte de sua infância, adolescência e toda sua vida, que ainda são passadas de pai para filho e para os netos e bisnetos. Ao mesmo tempo em que a modernidade chega para se misturar com o que há séculos se cultivava. A liturgia católica e os rituais próprios para as celebrações são bem preparados, respeitando as cores litúrgicas, os cânticos, e as orações dos santos. Tudo é colocado no coração do povo para fortificar a fé, a Esperança e o Amor que têm em Deus.

Confesso que foi maravilhoso estar com o povo e para a minha caminha vocacional, mais ainda, pois, durante estes dias acompanhamos as histórias do chamado de Samuel, da unção de Davi, da luta com Golias e das pregações e chamamentos de Jesus e seus discípulos. Foram passagens bíblias que me fizeram pensar e confirmar, mais uma vez, o grande chamado e a minha humilde resposta para Ele. Tudo isso me motivava a falar com os jovens que se apresentassem na comunidade para o serviço da igreja e que a comunidade motivasse os jovens para serem sacerdotes, às mães e os pais que motivassem seus filhos para se consagrar ao serviço da Igreja em favor do povo, pois os padres não caem do céu, “são escolhidos entre os homens, constituído para o bem dos homens nas coisas que se referem a Deus” (Hb 5,1), ou seja, sai do povo para servir ao povo.
Agradeço a confiança de Dom Francisco por me autorizar levar a Eucaristia e me confiar tamanha responsabilidade. Sei que poderia ter feito muito mais, mas no alcance das disponibilidades do povo e das minhas forças me considerei “um servo inútil, fiz o que deveria fazer” (Lc 17,10).

Humaitá, 25 de janeiro de 2012
Festa da Conversão de São Paulo
Edinilton de Castro Botelho
Seminarista - Diocese
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