quarta-feira, 30 de abril de 2014

Cristo venceu! Ressuscitou, ALELUIA!

Irmãos e Irmãs,


+ Dom  Francisco  Merkel, CSSp. Bispo de Diocese de Humaitá-AM



   Certamente desejamos, nestes dias, muitas vezes: Feliz Páscoa! Nas Igrejas Ortodoxas, os fiéis afirmam uns aos outros: Cristo ressuscitou! - Sim, Ele ressuscitou verdadeiramente! E segue o abraço ou o beijo da pessoa feliz com este acontecimento, feliz em poder transmitir o que é mais importante na vida: Saber que poderemos viver sempre e imensamente mais realizados do que agora.
Realmente, a Ressurreição do Cristo precisa da afirmação e da profissão de fé para transformar a nós mesmos e para convencer outras pessoas. O ‘estalo silencioso’ do início de um novo universo se propagou no estalo silencioso de discípulos convertidos: O Senhor está realmente vivo. Mais: Ele é O Vivente! (Escrevo assim para aludir ao ‘estalo’, do universo ou o que os cientistas chamam de Big Bang) Ora a Ressurreição de Jesus aconteceu de forma silenciosa, despercebida. As consequências, porém, foram visíveis. As conversões dos discípulos também se deram no silêncio de seus corações e de suas consciências, invisíveis, mas visíveis em suas consequências.
Não há como duvidar, a partir da Páscoa os discípulos não eram mais os mesmos. Eram e não eram. Como? Iniciou-se um processo de transformação e evolução. São Paulo expressa o acontecido na vida dos que acolheram a Boa Nova assim: “Ele (Deus Pai) nos ressuscitou com Cristo e com ele nos fez sentar nos céus em virtude de nossa união com Cristo Jesus”. (Ef 2, 4) Em Col 3, 1 ele fala: “Se ressuscitastes com Cristo, esforçai-vos por alcançar as coisas do alto..., aspirai às coisas celestes... Vossa vida está escondida, com Cristo, em Deus”. E ainda na carta aos Romanos: ”Pelo batismo na sua morte [de Jesus], fomos sepultados com ele, para que... nós levemos uma vida nova.” (Rm 6, 4)
O Novo Céu e a Nova Terra (ou seja, outro universo) de que já falam textos messiânicos (no Antigo Testamento) e o Apocalipse (no Novo Testamente) já começaram - na Ressurreição de Jesus Cristo. E envolvem os fiéis convertidos e batizados. É o próprio o Senhor que nos convence de que está vivo. Como no dia da Páscoa quando o Ressuscitado convenceu os discípulos de que Ele estava vivo, embora rompendo toda a conhecida materialidade. - Na autêntica conversão damos fé a Sua voz assim como Madalena se deu por convencida quando ouviu a voz do seu querido Mestre. (Cf. Jo 20, 16)
Seja a liturgia comunitária, seja a oração (enquanto diálogo com o Ressuscitado) e a meditação individual são indispensáveis no processo da “pascoalização” de nossa vida, ou seja, daquela experiência que transforma nossa vida. Ao se manifestar aos ‘irmãos’, Jesus assegura que o destino dos discípulos está inseparavelmente ligado ao seu. - Evidentemente, faz parte desta ‘nova configuração’ ‘andar por toda a parte, fazendo o bem e curando a todos que estavam dominados pelo demônio’ (Cf. At 10 38)                


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