segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

PALAVRAS DE NOSSO PASTOR

Irmãos e Irmãs de caminhada:

         Uma das tarefas mais importantes do Bispo de uma Diocese é zelar pela unidade da fé. É a preocupação com a ortodoxia. É importante cuidar daquilo que recebemos dos Apóstolos, sem tirar nem acrescentar nada. Outra tarefa nem menos importante: Zelar pela unidade na caridade. (É a preocupação com a ortopraxis. Ela inclui o compromisso com a justiça.) A Igreja de Cristo deveria arrancar dos pagãos a exclamação: Eis, como eles se amam! - Outra missão de peso: Incentivar e organizar os fiéis para que se engajem unidos na evangelização da sociedade. (Ecoa em nossos ouvidos: “Eis que eu vos envio...!”) O bispo não pode perder de vista estes três aspectos de seu ministério. E, indiscutivelmente, ele precisa da ajuda dos Presbíteros (Padres), Diáconos e de muitos leigos tocados pelo chamado do Senhor da Messe.

         Ora, a Igreja Católica reza todos os domingos o CREDO, o ‘Creio em Deus’, pois este resume o que todos os batizados devem crer para poder ser chamados cristãos – católicos. Temos a catequese para introduzir as crianças e os adolescentes nos mistérios de nossa fé. - Proclamamos a fé pelas pregações nas liturgias e pelas reflexões nos encontros das CEBs, dos movimentos e das pastorais... Apesar disso, muitas pessoas preferem confeccionar o conteúdo de sua fé. Não se interessam pelo que a Igreja ensina. Pensam algo que tem certa lógica ou fascinação e o declaram como sua fé. Ora, o conteúdo da Fé Cristã é revelado por Deus, confiado à Igreja e transmitido de geração em geração. Graças à ação do Espírito Santo, esta verdade revelada é aprofundada, interpretada e aplicada à situação do povo de época em época, de lugar em lugar. Quem cuida deste serviço é o Magistério da Igreja, isto é o conjunto dos Bispos em comunhão com o Papa.

         Infelizmente, muitas vezes, falhamos e descuidamos deste Ministério da Palavra. Muitos – parece – têm a opinião: Tudo é igual. Não há diferença entre a fala do Pastor e a do Padre. Dizem a mesma coisa do espiritismo e de outras correntes religiosas. Ora, a confusão da fé e das crenças precipita a pessoa (quando acorda) numa angústia e aflição. Porque o homem procura por natureza a verdade e precisa dela. Não tudo é igual. Jesus se apresentou dizendo: Eu sou O Caminho, a Verdade e a Vida! Ele deixou nas palavras do Evangelho uma orientação segura para orientar toda a nossa vida. Que sejamos felizes. – É lamentável ver quantos homens e mulheres marginalizam a Fé Cristã e inventam suas próprias verdades.  Evidente, mais cedo mais tarde irão perceber que estas verdades fabricadas na oficina de suas pequenas cabeças não resistem a nenhum questionamento. Quantas vezes é o tempo que se encarrega de desmontar as fantasias.

Está na hora de os católicos acordarem para ver e ouvir o que nossa Igreja tem a dizer sobre Deus e o homem, o tempo e a eternidade, a graça e o pecado, a Justiça e a Misericórdia, nossa eleição e nosso destino... É urgente entender que a Igreja não é dos santos de gesso e de madeira, mas de homens e mulheres que se deixam encher de Deus tornando-se santos de verdade. É urgente dizer que não se deve batizar quando não se quer seguir Jesus Cristo em comunhão com os outros fiéis. É urgente fazer dos cristãos displicentes com a verdade discípulos fervorosos que procuram A Verdade.

Que tal adquirir além da Bíblia o Catecismo da nossa Igreja? Dedicar cada dia algum tempo para se aprofundar na leitura? Que tal partilhar e refletir o que Jesus queria dizer: Não só de pão vive o homem, mas de toda a palavra que vem de Deus?
                                                                                                                         + Francisco

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